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Nas viagens, assim como na vida é raro conseguirmos fazer planos; quase sempre decidimos o destino à última da hora e tratamos do alojamento já em andamento ou no local. Achava que com a chegada da Francisca às nossas vidas as coisas iriam mudar e a espontaneidade teria os seus dias contados; mas naquele fim de tarde de Domingo lá estávamos nós numa área de serviço, algures em direcção à Lousã, a reservar uma casinha num sítio de nome impronunciável: Gondramaz.
Não nos temos saído nada mal e esta vez não foi excepção. Do janelão da sala, a serra a perder de vista, impunha a sua presença. Tínhamos viajado no tempo e finalmente o tempo desde que ela nasceu era só nosso. Caminhadas à descoberta de cascatas, passeios pelas estreitas ruas emolduradas a xisto e serões à lareira na nossa escapadinha de dois dias que acabamos por esticar para três.
Havemos de voltar: o João para se aventurar no downhill e eu para vigiar a xica a pavonear as coxas na piscina.
À Margarida da Mountainwhisper agradecemos a hospitalidade e a abóbora. Tanta atenção dei à dita abóbora que às tantas sou surpreendida: “Ó Sandra, quer levar a abóbora para as papinhas da Xica? Afinal ela vai começar a comer em breve, não é?”
Devia ter dito que não, afinal já lá só tinham duas mas não fui capaz… Abóboras há muitas mas aquela tem um gostinho especial, guarda as memórias e todo o miminho que por lá vivemos.

ABobOra

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