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Ontem fez um ano que nasceste e que eu nasci como mãe. Nos últimos dias revisitei as memórias do dia que mudou para sempre as nossas vidas. Lembro-me de quase tudo, sobretudo do momento em que te atiraram literalmente para os meu braços e ainda meio atordoada não me cansava de repetir o quão bonita eras. Neste ano que passou a voar, poucos foram os dias ou horas que passámos uma sem a outra. Enquanto dormias nos meus braços, dava por mim a pensar se tudo isto seria real: eu sou mãe, sou a tua mãe. Quando somos pequenos vemos os pais como super-heróis: são mais velhos, responsáveis, muito seguros de si e sabem a resposta a todas as perguntas, mesmo aquelas mesmo muito complicadas e difíceis, como as do Pai Natal. À medida que crescemos vamos percebendo os seus medos e fragilidades mas há algo que fica para sempre guardado no imaginário daquela palavra grande com super poderes: MÃE. Talvez por isso, volta e meia me questionasse: afinal o que é isto de ser mãe, a tua mãe? Às tantas decidi perguntar ao teu pai: “O que é para ti seres pai?”. “É o melhor do Mundo” – respondeu ele. “Sim, mas…” e fiquei calada ali perdida nos meus pensamentos e na espécie de milagre que és para nós. Sem eu contar ou prever, por instantes viajei até um momento quando ainda estava grávida e sofri um daqueles ataques de hormonas enfurecidas. Só me apetecia chorar sem razão e naqueles arranques cómicos do tipo motoreta avariada, entre soluços, pensei: “quero a minha mãe”. Não era propriamente ligar-lhe, nem muito menos meter-me num comboio rumo ao Porto. Era voltar a um lugar calmo, onde se respira baixinho e em que uma imensa paz nos sussurra que vai tudo correr bem. Ontem, enquanto te ouvia a repetir “mamã” de todas as formas possíveis e imaginárias uma ideia surgiu do nada e não me saía da cabeça: Ser mãe é um lugar! – e assim, tive a resposta que tanto procurava. Ser mãe é um lugar, que construímos juntas, dia após dia, um lugar sem fronteiras, que se alimenta da tua luz, que te deixa ir mas está sempre cá para te receber, sem nunca te negar colo; que te segura quando estás prestes a cair e ri com a mesma vontade que tu, quando brincas ao esconde-esconde na cortina transparente da sala. Ser mãe é o lugar onde o amor é maior, o maior do Mundo, que não acaba ou esmorece, que mesmo quando eu já cá não estiver, há-de ficar para sempre guardado contigo a celebrar cada minuto dos teu dias, até seres muito velhinha, por todos os anos da tua grande vida.

Ontem, foste tu que fizeste anos mas o maior presente foi e há-de ser sempre nosso, por fazeres parte da nossa vida.

Parabéns meu amor!

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2 Comments

  • Carla cunha diz:

    Gosto muito do seu blog. Muitos parabens.
    Podia me dar uma ajuda?
    Fui mae a 1 ano e nao tou a conseguir emagrecer .o que aconcelha obrigada

    • Sandra Santos diz:

      Olá Carla, Essa é uma dificuldade pela qual muitas mamãs passam no período pós-parto. A pensar nisso em breve criarei no blog um espaço que abordará essa temática. Até lá, para melhor a conseguir aconselhar e encaminhar, peço-lhe que me envie um e-mail com informação mais detalhada. Beijinho, Sandra

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