Muitas vezes, perguntam-me quando se pode introduzir a alfarroba nas preparações caseiras dos bebés. Como resposta, refiro o facto da goma de alfarroba ser usada pela indústria alimentar, enquanto espessante, nas fórmulas anti-refluxo para lactentes de tenra idade.
Por essa razão, considero aceitável a introdução desta papinha de arroz, alfarroba e banana, na alimentação dos bebés, a partir dos 4 meses.
A alfarroba é rica em antioxidantes e é uma boa fonte de vitaminas A, B1, B2, niacina, cálcio e magnésio. Para além disso, tem aquele gostinho bem característico que eu adoro e me lembra sempre o Algarve.
Ela é, ainda, uma excelente opção enquanto substituto do cacau em muitas preparações e receitas para miúdos e graúdos!
Contudo, o seu sabor intenso por vezes não reúne unanimidade e por essa razão gosto de a usar em pequenas quantidades e, muitas vezes, misturada com um cereal e fruta. Em grandes quantidades, ela pode também provocar cólicas e algum desconforto intestinal, sobretudo em barriguinhas mais sensíveis.
Como em tudo na vida: moderação e equilíbrio são as palavra de ordem. Depois de todas as considerações, agora é só desfrutar!!
Papinha de arroz, alfarroba e banana
Pessoas:
Ingredientes:
- 2 colheres de sopa bem cheias de farinha de arroz
- 1 colher de sobremesa de farinha de alfarroba
- 1 banana da madeira
- 200 mL de água
- 1 casquinha de limão
- Leite do bebé: materno ou fórmula (opcional)
- Pau de canela (+ 6 meses e opcional)
Preparação:
- Esmague a banana com um garfo;
- Num tacho com a água, dissolva a farinha de arroz e alfarroba, mexendo bem.
- Acrescente a banana cortada em pequenos pedaços e a casquinha de limão.
- Leve a lume (muito brando), deixando cozer, durante 10-15 minutos, mexendo bem para não ganhar grumos, colar ao tacho ou queimar.
- Pode oferecer ao bebé assim mesmo ou, se achar melhor, triturar com a varinha mágica. (antes de triturar não se esqueça de retirar a casca de limão)
Notas:
Antes de servir, ajuste a consistência da papa com um pouco de leite do bebé. Deste modo, estará também a enriquecer, do ponto de vista nutricional, a refeição. Depois de adicionar o leite, não volte a ferver ou reaquecer a papa, nem guarde o que sobrar. Por isso, adicione só o leite à porção que o bebé vai consumir.
Bibliografia:
Leites e Fórmulas Infantis: a realidade portuguesa revisitada em 2012 – Sociedade Portuguesa de Pediatria
Olá Sandra, esta papa de alfarroba e as outras de milho e outras farinhas podem ser congeladas por quanto tempo? O valor nutricional mantém-se?
obrigada e seu blog é maravilhoso! Tem ajudado-me imenso.
Olá Daniele,
Pode congelar durante um mês. Beijinhos, Sandra
Olá, boa noite,
Gostaria de saber se é mais benéfico, fazer a farinha de arroz, por exemplo no momento em que é confeccionada a pápa, ou se devo comprar já a farinha preparada para as mesmas.
E no caso se fazer a farinha em casa, se se deve demolhar o arroz previamente. Obrigada
Olá Marília! Pode comprar o arroz já sob a forma de farinha, desde que esta esteja bem acondicionada e seja correctamente armazenada. Beijinhos, Sandra
Boa tarde,
é possível fazer esta papa com a dose indica de água substituindo pelo leite do bebé?
O meu bebé tem agora cinco meses e meio mas não se interessa muito pelo leite, pelo que tenho que introduzir na papas para que seja ingerido. Só quer a mama a noite, de resto tenho que complementar com papas sopa e fruta. Porque o biberão/copo para ele é um tormento.
Beijinho e obrigada
Olá Cláudia! Sim, pode mas o leite só pode ser adicionado no final. Por cada 30mL de água usada para fazer a papinha, pode juntar uma colher medida de leite no final. Leia este artigo para esclarecimentos adicionais: https://papinhasdaxica.pt/2018/04/papas-caseiras-leite-materno-formula/
Beijinhos, Sandra
A Matilde adora está papinha! Obrigada por partilhares as receitas que fazes para a Francisca, são sem dúvida super saudáveis e nutritivas. Continua sempre a partilhar o mais que puderes as vossas receitas, por aqui a bebé adora!
Beijinhos para a Xica
Muito obrigada Joana! Nós ficamos super felizes por saber que os vossos bebés adoram. Beijinhos, Sandra