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Nos meses de Inverno recebo sempre muitas mensagens sobre como deve ser a alimentação da criança doente.  Janeiro é sempre um grande desafio. Muito frio. Vírus e viroses. Tosse. Muitas crianças mais ranhosas, por vezes com vómitos e até diarreia. Para além de ser um mês que é também o pontapé de saída para um novo ano, que é sempre desafiador.

Quando a criança está doente, tende a comer menos e a expressar menos a fome. Nessa fase é importante que a cuidadora ou cuidador esteja atento à quantidade de água e comida oferecidas à criança.

É importante mantê-la alimentada e hidratada, oferecendo-lhe pequenas porções de água e comida mais vezes ao dia. O ideal é servir alimentos variados e saudáveis, que colaborem para a sua recuperação. Se esse período durar muitos dias, a criança pode perder ou deixar de ganhar peso.

Quadros de vómito, diarreia aguda, gripes ou constipações provocam grande perda de líquidos, e é muito importante que eles sejam repostos pela alimentação. Não é necessário retirar nenhum alimento in natura ou minimamente processado da alimentação. Esses alimentos são saudáveis e ajudam no restabelecimento da saúde da criança.

Como melhorar a alimentação da criança doente em casa?

  • Ofereça o leite materno com maior frequência. Durante esta fase pode substituir algumas refeições por leite materno e está tudo bem. Se o bebé é alimentado com leite artificial, não deve introduzir ou alterar a diluição da fórmula.
  • Caso o bebé não esteja em amamentação exclusiva, ofereça mais água ao longo do dia, nos intervalos das refeições, principalmente se ele apresentar febre, vómitos ou diarreia;
  • Se a criança não estiver a leite materno e não ingerir água, pode ser pertinente oferecer uma solução de rehidratação oral.
  • Alimente a criança mais vezes ao dia e seja mais flexível com os horários de refeição;
  • Pode haver alguma noção de que a criança se encontra fragilizada e prefere algumas “comidas” especiais. Não faz mal oferecer com maior frequência os alimentos de preferência da criança, mas que não sejam ultraprocessados;
  • Mantenha os alimentos in natura ou minimamente processados na alimentação da criança;
  • Disponha o prato de forma que estimule a criança a comer;
  • Ofereça o alimento na consistência que a criança preferir;
  • Não ofereça bebidas açucaradas, tais como coca-cola ou outras;
  • A descontinuação da lactose é, no geral, desencorajada e a fórmula sem lactose pode ser recomendada apenas em casos específicos após avaliação médica, tendo evidência de reduzir a duração dos sintomas em crianças hospitalizadas, mas não nas que não necessitam de internamento;
  • Seja paciente ao alimentar a criança.

Quando a criança está a recuperar, é comum o apetite aumentar. Por isso, a quantidade de comida em cada refeição pode ser um pouco maior e outras pequenas refeições podem ser incluídas ao longo do dia para compensar o período em que ela ficou com menos apetite devido à doença. Noutros casos, a criança pode ficar mais seletiva. Normalmente é uma fase transitória por isso, tenha paciência e continue a disponibilizar os diferentes alimentos.

Sugestões de receitas nutritivas para a alimentação da criança doente:

Papas de aveia com banana

Panquecas de mirtilos

Chupa-chupas de iogurte e fruta

Bolinhos de pescada, milho e ervilhas

Canjinha de letras com frango e cogumelos

Concluindo:

Se a criança consiga ingerir líquidos sem vómito, é fortemente recomendado que faça uma dieta normal, recorrendo a alimentos in natura. A dieta BRAT (pão, arroz, maçã e tostas) não é necessária, mesmo em casos de gastroenterites. Esta já não aparece nas recomendação atuais, assim como bebidas com alto teor de açúcar / adoçantes e gaseificadas, para minimizar a diarreia.

Fonte: Ministério da Saúde Brasileiro. Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos. 2019

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